Após a conclusão desta formação, os participantes serão capazes de:
• Reconhecer os sintomas mais prevalentes das mono- neuropatias.
• Compreender os aspectos fundamentais da dor neuropática/ neurogénica e potencial lesão às células nervosas periféricas (neuropraxia, axonotmesis).
• Diferenciar sinais positivos e negativos na relação com a fisiopatologia das neuropatias compressivas.
• Realizar um exame clínico competente do sistema nervoso periférico somático, incluindo o sistema nervoso craniano.
• Identificar e avaliar os locais mais frequentes de compressão ou irritação para das mono- neuropatias no membro superior, membro inferior e neurocrânio.
• Cultivar fortes competências de raciocínio clínico no que diz respeito ao campo da dor neurogénica e neuropatia periférica.
• Compreender os conceitos essenciais de neuromecânica e do “nervi continuum” (tensegridade do tecido conjuntivo nervoso).
• Aplicar princípios neurodinâmicos no tratamento de estágios sintomáticos específicos da dor neuropática.
A dor neuropática é caracterizada como dor proveniente de lesão ou disfunção no sistema nervoso somatossensorial (Finnerup et al., 2016). Reconhecida como uma das síndromes de dor mais desafiantes no diagnóstico e gestão terapêutica.
(Finnerup et al., 2015).
Passa despercebida por muitos clínicos, principalmente devido à insuficiência de critérios de avaliação, resultando num uso subótimo de medicação e abordagens terapêuticas insatisfatórias. Muitas condições, como a diabetes, herpes zoster, cirurgia, lesões no SNC, doença reumática e trauma mecânico, podem causar danos no sistema nervoso (Colloca et al., 2017). Afeta estimadamente entre 3% a 10% da população geral, conforme indicado por estudos epidemiológicos de larga escala (Attal, 2018). A neuropatia periférica representa uma categoria de lesão nervosa que envolvem células nervosas e as suas fibras. As polineuropatias periféricas são muitas vezes secundárias a condições patológicas, embora causas compressivas ou irritativas sejam sem dúvida os fatores mais prevalentes das mononeuropatias. Exemplos incluem raízes nervosas (radiculopatia), divisões de troncos nervosos, nervos periféricos somáticos e nervos do sistema nervoso
autónomo.
A dor neuropática pode ser aliviada através da mobilização do tecido nervoso periférico. Esta intervenção terapêutica baseada em evidência, é eficaz no tratamento de mononeuropatias compressivas acompanhadas por dor neurogénica ou nociceptiva, bem como inflamação e lesão celular.
A mobilização neural manual pode potenciar no tecido nervoso, a vascularização, o transporte axonal e a regeneração, atenuando assim a dor e melhorando a função.
Esta formação está firmemente alicerçada nas últimas evidências científicas e integra consistentemente novas descobertas e avanços no campo da terapia manual em lesões do nervo periférico.
6 horas de vídeos pré-gravados (revisão aprofundada do fenómeno envolvido nos sintomas compressivos neuropáticos tanto para os nervos cranianos quanto para os membros)
• Revisão da micro e macro-anatomia essencial.
• Compreensão do fenómeno da neuropatia compressiva: neurobiologia da inflamação e lesão celular:
• Avaliação das mononeuropatias: tipos de lesões celulares
• Diferenciação entre sinais positivos e negativos.
• Reconhecimento de sinais de alerta na dor radicular e neuropática.
• Exploração das evidências científicas atuais sobre a intervenção terapêutica nas mononeuropatias compressivas.
• Introdução à neuromecânica geral e segmentar.
• Exame neurológico nas mononeuropatias.
• Técnicas de mobilização neural e avaliação clínica no membro superior:
- Entrapment do nervo mediano (síndrome do interósseo anterior; síndrome do túnel do carpo)
- Entrapment do nervo ulnar (síndrome do cubital; síndrome do túnel de Guyon)
- Entrapment do nervo radial (síndrome do interósseo posterior; compressão distal do nervo radial)
- Síndrome do dorsal-escapular
- Entrapment dos nervos supra-escapular e axilares
- Radiculopatias do plexo braquial (gestão e avaliação)
• Aprofundar os fenómenos de radiculopatia e radiculalgia do membro inferior
• Prevalência e etiologia da dor lombar não específica
• Avaliação neuromecânica do neuro-eixo em relação à dor radicular (teste de slump)
• Exame neurológico e raciocínio clínico em radiculopatias e mononeuropatias.
• Técnicas de mobilização neural e avaliação clínica para o membro inferior:
- Entrapment do nervo peroneal comum
- Entrapment do nervo peroneal profundo
- Entrapment do nervo peroneal superficial
- Entrapment do nervo tibial (nervos medial, lateral e interdigital)
- Neuropatia do ciático maior vs "síndrome do piriforme".
- Desmistificação da síndrome do piriforme como uma causa prevalente de dor ciática.
- Entrapment do nervo obturador.
- Entrapment do nervo genito-femoral.
- Radiculopatias lombares (gestão e raciocínio clínico).
• Revisão da anatomia do neurocrânio.
• Compreensão atual da dor cranio-cervical.
• Tipos de cefaleias, sinais de alerta e critérios de diagnóstico clínico.
• Fundamentos da neuromobilização do neurocrânio.
• Avaliação clínica dos nervos cranianos periféricos: raciocínio clínico
aprofundado para distinguir causas comuns de neuropatia central e periférica.
• Cefaleia cervicogénica: critérios de diagnóstico e técnicas manuais
• Técnicas de mobilização neural e avaliação clínica dos nervos cranianos:
- Neuralgia e neuropatia do trigémeo (ramos troclear/supra-orbital e
mandibular/ramos aurículo-temporais)
- Neuropatia do nervo facial (gestão da paralisia de Bell)
- Neuropatia vestibulococlear (gestão do BBPV; etiologias de tinnitus e
hidropsia - mobilização do nervo para condições específicas)
• Relação entre o sistema nervoso autónomo (SNA) e a inflamação.
• O potencial da mobilização do nervo vago em pacientes com dor complexa.
• Ferramentas do dia a dia para equilibrar o sono, o SNA e a resposta à
inflamação crónica sistémica de baixo grau.
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Bruno Campos tem sido um osteopata dedicado há mais de 15 anos, mantendo uma prática clínica em Portugal enquanto simultaneamente leciona na licenciatura de osteopatia e é formador no ensino de desenvolvimento profissional contínuo.
É o fundador da Osteoform® e o criador da formação Neuromobilização Clínica®.
Ocasionalmente é docente convidado da International College of Osteopathic Medicine e é também um palestrante convidado do International Osteopathic Symposium em Berlim, 2024.
Registrou-se no General Osteopathic Council em 2011 e continuou o seu percurso académico passando por um mestrado em reabilitação neurológica e frequenta atualmente um mestrado em osteopatia onde estuda o efeito da terapia manual nas neuropatias compressivas.
O seu trabalho está estreitamente alinhado com avanços científicos contemporâneos, particularmente na neurociência da dor, neuropatia compressiva e neurodinâmica. É também o host do podcast Osteotalks.
Condições/Datas
Datas
Duração:
50 Horas
Local
• Porto – ITS Instituto Técnicas de Saúde do Porto
Valor
• 700 € (modalidade de pagamento na totalidade)
• 200€ (modalidade de pagamento faseado pelos 4 módulos)
Até dia 10 de Janeiro (vagas limitadas a 14 alunos)
"O Curso de Neuromobilização Clínica é um curso incrível. Deu me um conhecimento brutal sobre problemas neurológicos e uma prática fácil e eficaz para utilizar com problemas neuropáticos e também com dor crónica. É uma técnica que cada terapeuta deve absolutamente conhecer."
"É com muito orgulho que termino este curso, com muito mais conhecimento e vontade de saber ainda mais. Algo que todos os Osteopatas deveriam priorizar na sua formação. Este conhecimento clínico pode fazer toda a diferença na vida paciente. Obrigada Osteoform ® e ao professor Bruno Campos por esta partilha incrível de conhecimento."
"Formação de excelência com elevada robustez científica, ministrada por um formador de excelência. Apresenta de forma consistente, num ambiente descontraído, como diagnosticar e intervir no paciente de forma eficaz. Obrigado pela partilha de conhecimento!"
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